quarta-feira, 29 de junho de 2011

A moeda perdida


Meu nome é Elaine, faço parte do corpo de obreiros e gostaria de contar um pouco do que passei nos últimos anos.

Desde quando fui levantada a obreira, sempre servi a Deus com dedicação e temor. Mas, há alguns anos, comecei a me perder, dentro da obra, dentro de casa. Sobrevieram sobre minha vida vários problemas: familiares, financeiros, problemas que me envergonhavam como obreira.

Então, comecei a olhar para os meus problemas, para minha vida e deixei de olhar para Deus. Foi assim que tudo começou, e deixei a dúvida entrar.

É como aprendemos: ”Se pela fé conquistamos tudo, pela dúvida perdemos tudo.”

Eu comecei a deixar os pensamentos ruins invadirem e até dominarem minha mente. Começou com um pensamento de que eu não tinha o Espírito Santo, depois minha mente foi ficando impura. Eu aceitava os pensamentos ruins que passavam pela minha mente. Eu, que sempre fui uma pessoa pura de mente e coração, comecei a pensar coisas horríveis.

Tudo que existe neste mundo e que foge da disciplina de Deus: prostituição, homossexualismo, dúvidas a respeito de campanhas de fé.

Eu nada havia cometido. Na verdade, eu não queria estar como estava. Dentro do meu ser eu abominava tudo isso, mas eu estava como um vulcão em erupção. Eu estava confusa, sem saber o que fazer da minha vida.

Eu achava que não tinha mais jeito (por várias vezes pensei em morrer), pois eu havia me contaminado e deixado a “mulher exterior se corromper”. Não conseguia vencer os pensamentos que me dominavam; não conseguia mais colocar o uniforme.

Eu chorava, meu coração estava em dores. Todos os dias, eu não sabia lidar com tantas coisas ruins e impuras na minha mente. E quando eu tentava orar, me levantar daquele problema espiritual e recomeçar, eu não conseguia. Me sentia acusada, oprimida, sem conseguir reagir.

Eu estava como aquela parábola da moeda perdida. Lucas 15.8. Não tinha saído da obra, não tinha cometido pecado, mas estava confusa a ponto de desistir de tudo.

Nesta situação, eu procurei o bispo da minha igreja. Eu não aguentava mais. No dia em que fui pedir ajuda, eu estava disposta a tudo para me levantar. Eu esqueci uniforme, esqueci a vergonha, esqueci os anos de obreira que eu tinha e abri meu coração. O bispo, que me atendeu como um pai foi usado por Deus para me achar.

Aprendi que muitas lutas vencemos sozinhos, mas outras, quando não conseguimos vencer, temos que pedir ajuda, confessar e confiar nos homens de Deus que estão no altar.

Podemos até perder tudo, abrir mão de título na igreja, aparência, pessoas, só não podemos abrir mão da nossa SALVAÇÃO, até o fim.
Obreira Elaine

Fonte: www.bispomacedo.com.br/blog

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