sábado, 2 de julho de 2011

Os infelizes 9700

Na história de Gideão*, os seus 300 valentes é que geralmente são enfatizados. E com razão. Ele foram os que fizeram a diferença. Se não fosse por eles, a nação toda teria continuado como palhaço dos midianitas. 

Mas isso nós já sabíamos. Os holofotes sempre estão sobre os heróis.

Mas na penumbra, ali entre a luz dos 300 valentes e a escuridão dos 22 mil tímidos e medrosos assumidos, estavam os 9700. Quem eram eles, afinal? Tímidos? Valentes? Aí é que está. Nem eles sabiam quem realmente eram.

Quando Gideão deu ordem aos que se apresentaram para a batalha que quem fosse tímido e medroso voltasse para casa, 22 mil assumiram o medo, aceitaram a carteirinha de covarde, e foram embora para suas “confortáveis” cavernas. Por mais que eu procure, não consigo achar adjetivo que descreva esse grupo. Mas hoje não é neles que quero focar. Esse tipo de pessoa não espera nada da vida. Portanto, quando não recebe nada, não fica surpresa.

Mas os 9700, esses sim foram a grande decepção da história.

Eles achavam que eram valentes. Pensavam que estavam prontos para a batalha. Mas quando foram provados, descobriram o que nem eles sabiam sobre si mesmos: Eram tão covardes quanto os outros.

A pior posição em que você pode se encontrar é em cima do muro. De que lado você está? Você é quente, morno, ou frio? Sua palavra é sim, não, ou talvez? Você crê em Deus, não crê, ou não sabe?

Defina-se. 

Entre os três grupos na história, os 9700 foram os mais infelizes. A dúvida, a titubeação, a entrega pela metade, são as grandes responsáveis pela infelicidade e fracasso das pessoas.






* Para quem ainda não leu, a história de Gideão está na Bíblia em Juízes capítulos 6, 7, e 8.
Fonte: Blog do Bispo Renato Cardoso

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