quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Pastor saiu da obra?
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Quantos no mundo dedicam anos de estudo para trabalhar em grandes empresas ou em multinacionais. São empresas “disputadas” porque oferecem “segurança” e “status” aos seus trabalhadores. Mas não há nenhuma empresa ou instituição no mundo que possa oferecer benefícios tão duradouros quanto trabalhar para Deus, pois estes são eternos. Obviamente, os objetivos não são os mesmos, mas, trabalhar para Deus não é para qualquer um, por mais preparação, estudos e ambição que alguém possa ter em trabalhar para o Reino de Deus, somente os que estão dispostos a renunciar toda e qualquer glória deste mundo estarão aptos a desempenhá-lo. Muitos até começaram, mas não puderam permanecer e há quatro grupos específicos onde se encontram os que saíram ou sairão:

1. Os que querem SER “alguém” (Regional, Estadual, Líder, que quer ser reconhecido pela Liderança). O Reino de Deus não é um reino de senhores e sim de servos e, a partir do momento em que a pessoa passa a reivindicar o reconhecimento humano, é porque o único foco que se pode e devemos ter nesta obra, foi perdido. Em todo o período em que esteve com os Seus discípulos, Jesus jamais falou de facilidades ou projeções pessoais, pelo contrário, a cada ensinamento deixou claro o alto preço para quem queria ou queira servi-Lo. Podemos observar que sempre que alguém chegou a Jesus, com o intuito de servi-Lo e segui-Lo, o mesmo teve que abrir mão da sua posição e do seu status na sociedade. Este indivíduo, que quer “ser” alguém, busca apenas os seus próprios interesses e perdeu completamente os princípios do “servir a Deus”, pois, quem O serve não escolhe lugar, título ou fica almejando posições e sim está à disposição, dizendo sempre “eis-me aqui”.

2. Os que querem TER “algo” (Dinheiro, Conforto, Privilégios, Casa, Carro…). Quando a preocupação deixa de ser as almas, evidentemente, os objetivos e preocupações tornam-se pessoais e, acima de tudo, materiais. Tudo aquilo que um dia esta pessoa disse renunciar em prol do Reino de Deus, pouco a pouco, vai sendo reincorporado na sua escala de valores, até que chega o momento em que as almas deixam de fazer parte da sua “lista” de necessidades. Atenção, pois a partir do momento em que se diz “sim, quero” para a Obra de Deus, os objetivos pessoais e materiais passam a não existir, pois, a partir daquele momento, tal pessoa passa a ser SERVA, e o único direito do servo é SERVIR ao seu Senhor e não a si mesmo como senhor. Quando se muda o foco de “servir” para “ter”, está-se a negar a vocação ou está a ser revelado que nunca houve uma vocação para o Altar. Nós somos os levitas, os que não têm direito a possessão da terra, a nossa herança é a vida eterna.

3. Os que querem FAZER a Obra de Deus do “seu jeito” (religioso, fanático, sistemático, normal, acomodado, tímido, dissimulado, desobediente às autoridades espirituais…). Qual o modelo a seguir no exercício da Obra de Deus? O do Senhor Jesus!!!! Não existe mais de uma forma de servir a Deus, o que, sim, há, é a falta de humildade em se submeter à direção do Espírito Santo. Esta característica é muito importante, pois enquanto este tipo de pessoas estão na Obra, onde quer que estejam ou possam um dia estar, a Obra não desenvolve, por causa da sua própria negligência em aprimorar-se e desenvolver-se no exercício desta Obra. Estes são os que mais dão problemas durante o ministério: criam um mau ambiente com outros pastores, dão mau testemunho para os Auxiliares, IBURDs (pois deveriam ser um exemplo) e para os obreiros; estão sempre a ser disciplinados e não querem aprender e, por isso, saem, não é Deus quem os tira, eles mesmo se excluem do ministério, pois permitiram que Lúcifer lhes enchesse o coração. Quem trabalha do “seu jeito” está a realizar um trabalho carnal e, consequentemente, gerará filhos da carne, futuros pastores, obreiros, evangelistas que vão também fazer tudo do “seu jeito”.

4. Os que querem SERVIR a Deus no Átrio (Obreiro, Evangelista ou Membro). São sinceros, não cometeram nenhum dos erros anteriores, mas chegaram à conclusão de que não estão a dar TUDO de si e, por isso, vão sair do Altar para servi-Lo no Átrio com toda a sua força. Essa atitude, até mesmo incompreendida por muitos, é honrada, pois não basta querer fazer a Obra de Deus, quem a quer fazer deve ter também, além do querer, a vocação para estar na Obra de Deus. Estes, com certeza, entraram na emoção e depois deram-se conta de que ali não era o seu lugar, que não tinham vocação, e a prova disso é que nós temos hoje pessoas que serviram a Deus no Altar e não desenvolveram, foram sinceros e passaram a ser obreiros e, servindo a Deus no Átrio, a vida deles desenvolveu. A peça só funciona se estiver no lugar correto.
Bispo Júlio Freitas

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