sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

DIA 15/01/12 O DIA DA TRANSFORMAÇÃO

Nele aconteceu a famosa Transfiguração de Jesus, e a profetisa Débora orientou uma grande batalha pela liberdade do povo de Deus

Por Marcelo Cypriano
marcelo.cypriano@arcauniversal.com

Uma grande elevação, localizada a 17 quilômetros do Mar da Galileia, o monte Tabor, com 575 metros de altitude, foi palco da Transfiguração de Jesus Cristo. Em seu cimo, a profetisa Débora orientou o israelita Baraque e seus homens contra o numeroso exército do poderoso comandante cananita Sísera.
Conta o livro de Marcos que Jesus subiu ao Tabor para orar na companhia de Pedro, Tiago e João. Lá no alto, os três discípulos testemunharam algo que os espantou: repentinamente, Jesus emitiu um brilho muito intenso. Suas vestes tornaram-se tão brancas “como nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar”. Os seguidores do Filho de Deus presenciaram-no a conversar com dois dos grandes profetas que viveram séculos antes: Moisés e Elias. Os seguidores de Jesus foram tomados por grande temor, e uma nuvem cobriu o Messias e seus dois interlocutores. Dela, saiu uma imponente voz: “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi.” Logo após, os três apóstolos viram somente a Jesus, com as roupas tendo voltado ao normal. O episódio ficou conhecido historicamente como a Transfiguração (mudança de aparência).
Mas o Tabor também foi palco de outro acontecimento bíblico importante, ainda no Antigo Testamento. No livro de Juízes é descrita uma grande batalha. Naqueles tempos, por fazerem o que não agradava a Deus, os filhos de Israel foram entregues por Ele ao rei de Canaã, Jabim, que os oprimiu duramente por 20 anos. Débora, profetisa, mandou chamar o israelita Baraque, que escolheria 10 mil homens dentre seus patrícios. Reuniu-os no monte e a seus pés enfrentaram os homens de Sísera, poderoso comandante do exército de Jabim. Segundo Débora, Deus garantira a vitória, como realmente aconteceu. Nenhum homem de Sísera sobreviveu e o comandante fugiu, para depois ser morto em uma tenda em que pediu refúgio. Pouco depois, o cananita Jabim cairia pelas mãos dos filhos de Israel.
Outra luta manchou de sangue o solo do Tabor. Gideão teve seus irmãos mortos no monte pelos reis midianitas Zeba e Zalmuna, ato do qual se vingou mais tarde, enfrentando o exército dos dois monarcas e matando-os.

Sobre a imponente planície de Jezreel, na Galileia, do alto do Tabor a vista é privilegiada (justificando o posicionamento de Baraque e seus homens, pela visão estratégica oferecida). A noroeste, é possível ver a bem próxima região de Nazaré. Ao oeste, o monte Carmelo. Ao sul, a colina de Moré e, bem perto dela, o monte Gilboa.
Simétrico, o Tabor atual é todo coberto por vegetação marcante, de verde intenso. Em seu ponto culminante, um extenso e reto platô justifica ter sido tão usado. Em meio à densa vegetação lateral, uma estrada em ziguezague (para suavizar o acentuado aclive), ainda é usada como acesso ao campo reto do alto.
A beleza natural da montanha inspirou outros escritores da Bíblia, que sempre a usavam como exemplo para comparações poéticas. O Tabor é citado nos livros de Salmos, Josué, Jeremias e Oseias, entre outros.

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