quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A parábola da galinha vermelha


A história da galinha vermelha que achou alguns grãos de trigo e disse a seus vizinhos:



- Se plantarmos trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar a plantá-lo?



- Eu não. Disse a vaca.



- Nem eu. Emendou o pato.



- Eu também não. Falou o porco.



-Eu muito menos. Completou o ganso.



- Então eu mesma planto. Disse a galinha vermelha.



E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu em grãos dourados.



- Quem vai me ajudar a colher o trigo?, Quis saber a galinha.



- Eu não. Disse o pato.



- Não faz parte de minhas funções. Disse o porco.



- Não depois de tantos anos de serviço. Exclamou a vaca



- Eu me arriscaria a perder o seguro-desemprego. Disse o ganso.



- Então eu mesma colho. Falou a galinha, e colheu o trigo ela mesma.



Finalmente, chegou a hora de preparar o pão.



- Quem vai me ajudar a assar o pão? Indagou a galinha vermelha.



-Só se me pagarem hora extra. Falou a vaca.



-Eu não posso por em risco meu auxílio-doença. Emendou o pato.



- Eu fugi da escola e nunca aprendi a fazer pão. Disse o porco.



-Caso só eu ajude, é discriminação. Resmungou o ganso.



-Então eu mesma faço. Exclamou a pequena galinha vermelha.



Ela assou cinco pães, e pôs todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver.



De repente, todo mundo queria pão, e exigiu um pedaço. Mas a galinha simplesmente disse:



-Não, eu vou comer os cinco pães sozinha.



- Lucros excessivos!. Gritou a vaca.



-Sanguessuga capitalista! . Exclamou o pato.



- Eu exijo direitos iguais!. Bradou o ganso.



O porco, esse só grunhiu.



Eles pintaram faixas e cartazes dizendo ‘Injustiça’ e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades. Quando um agente do governo chegou,disse à galinhazinha vermelha:



- Você não pode ser assim egoísta.



- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor. Defendeu-se a galinha.



-Exatamente. Disse o funcionário do governo. Essa é a beleza da livre
empresa. Qualquer um aqui na fazenda pode ganhar o quanto quiser, mas sob nossas modernas regulamentações governamentais, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada.



E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha vermelha, que sorriu e cacarejou:



- Eu estou grata, eu estou grata.



Mas os vizinhos sempre perguntavam por que a galinha, desde então, nunca mais fez mais nada...



Nem mesmo um pão.



Moral da história: Maior injustiça é a igualdade! Pois só a exigem no receber e não no dar...

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