quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Como eu deixo Jesus dormir


Como eu deixo Jesus dormir

Deus permite que aconteça situações difíceis em nossa vida para nos despertar e estarmos mais próximos Dele… Ele prefere ver a cada um de nós chorando aos seus pés do que sorrindo longe de Sua Presença. A nossa salvação depende da nossa fé e comunhão com Deus, quando eu me distancio de Jesus, significa que também está distante a minha salvação.
Tem problemas que distanciam as pessoas de Deus, outras se distanciam quando está tudo calmo, esfriam na busca, nas orações, nos propósitos e já não buscam como antes.
Veja o aconteceu em Lucas 08.22 a 24
“Aconteceu que, entrou Jesus num barco na companhia de seus discípulos e disse-lhes: Passemos para a outra margem do lago; e partiram” .
O que representa passar para outra margem?
É a margem Celestial, para qual estamos navegando, rumo a terra prometida, saindo deste lado da vida e chegar do outro lado com a nossa salvação. Deus tem nos ensinado o caminho a seguir.
“ Enquanto navegavam, Jesus adormeceu, e sobreveio uma tempestade no Lago, correndo eles o perigo de morte. Despertaram a Jesus, dizendo: Mestre, estamos perecendo… “
Jesus estava dormindo, as coisas estavam calmas, os discípulos tranquilos, porém veio a tempestade. A vida muito calma traz a sensação de bem-estar e pode atrapalhar a nossa comunhão com Deus, sem perceber, esfriamos e nos afastamos, e isso acontece quando deixamos Jesus dormir dentro de nós, o barco representa a nossa vida e quando está tudo calmo na minha vida, quando não passo por nenhuma dificuldade, então eu me acomodo e deixo Jesus dormir, e esse tem sido o problema em rumo a salvação.
Como eu deixo Jesus dormir? Quando eu paro de orar, jejuar, buscar a Presença de Deus, deixo de ler a Bíblia, deixo de orar pelas madrugadas, não apresento mais o meu clamor, não faço mais propósitos com Deus.
Jesus está no meu barco e tem que estar o tempo todo acordado, no controle de tudo na minha vida, sou eu quem mantém Jesus acordado ou dormindo, depende de mim! Jesus quer estar atento e remar junto comigo até chegar ao outro lado.
Deus permite a tempestade para nos levar aos pés de Jesus, todas os esforços e capacidades humanas são em vão diante da situação quando o problema é espiritual. Muitas pessoas estão passando por uma tempestade e o motivo pode ser o comodismo, a calmaria da vida fez Jesus adormecer, porque você não tinha motivo para incomoda-lo com suas súplicas.
Como Jesus está dentro do seu barco? Acordado ou dormindo?
A tempestade vem com uma finalidade: Despertar você para se apegar com Deus e buscar a sua salvação, este é o cuidado de Deus. Nós não podemos deixar Jesus dormir, temos que usar a nossa fé continuamente e busca-lo em todos os momentos de nossa vida!
Ninguém pode te ajudar, quanto mais o tempo passa, pior vai ficar a tempestade, o que você precisa fazer é se render a Jesus, seja humilde e reconheça que você acomodou na fé e deixou Jesus dormir. Busque e se entregue, que Ele vem te socorrer e virá a bonança.
Você nunca poderá se acomodar na fé, porque poderá perecer no meio do caminho e o seu barco afundar de vez, tragados pelas onda…  muitos são levados sem salvação.
Bispo João Leite   http://www.bispojoaoleite.com/

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A BOTIJA E A ALMA

Cuide bem do seu ouro
(*) Marcelo Crivella 




Era uma vez um rei que enviou seu servo numa jornada:  - Vês esta longa estrada, meu servo? Seguirás por ela sem te desviares.

O reino para onde vais está no final dela. Por todo o caminho levarás esta botija, a qual entregarás ao rei daquele lugar e receberás tua recompensa. Assim, conforme lhe foi ordenado, partiu o servo, levando a preciosa botija, obra-prima do oleiro.

A estrada se perdia de vista. Atravessava planícies e rios. Algumas vezes se estendia pelo alto dos montes, outras vezes pelo fundo dos vales. Havia trechos ladeados de árvores que proporcionavam sombra, mas havia outros áridos, fustigados pelo sol.

Passados muitos dias, o servo encontrou uma caravana de ciganos. Estes insistiram e acabaram por convencê-lo a seguir com eles. Logo ele aprendeu a arte de trapacear e mentir, fingindo ver na palma da mão o destino de crédulos incautos. Entre os vadios, o servo adquiriu o hábito do desleixo e da indolência.

Enganado e enganando, não viu o tempo passar. Um dia, como se acordasse de um pesadelo, lembrou da ordem do rei e foi procurar a botija. Achou-a jogada, empoeirada e com muitas trincas. Tomou-a e voltou para a estrada. Mas não por muito tempo! Bastou encontrar a primeira subida para abandonar outra vez o caminho, procurando desbordar a montanha por um atalho.

Assim fazendo, acabou por se deparar com uma cidade onde um templo idólatra estava sendo construído. O servo, que ficara ganancioso, achou que poderia ganhar ali muito dinheiro. O templo demorou anos para ser terminado. Durante este tempo, ele adotou os costumes locais e se entregou ao pernicioso culto aos ídolos e às práticas pagãs. Adquiriu novos vícios e se prostituiu como era a tradição daquele povo.

Com o tempo, tornou-se fraco e doente. Perdeu tudo o que tinha, foi desprezado e expulso da cidade. Na sua miséria, lembrou-se mais uma vez da botija e da ordem do rei. Sentiu que a última chance de sua vida era terminar a jornada e receber a recompensa.

A botija, cujas trincas tinham se tornado rachaduras, estava jogada em um canto. Havia perdido todo brilho e beleza.

Trôpego e cansado, o servo retomou a estrada. Agora, já não havia ciganos que se interessassem por ele, ou quem lhe desse trabalho. O servo estava feio, envelhecido, doente e fraco.

Com sacrifício, chegou finalmente ao seu destino. Vendo os majestosos portões, o primeiro sentimento que teve foi de remorso. Desperdiçara tanto tempo por nada.
Imediatamente procurou o rei e lhe contou sua história. Entregando-lhe a botija, disse:

- Majestade, eis a botija! Estou velho, cansado e nada tenho na vida. Rogo-vos que me concedas a recompensa, para que descanse em paz.

 O rei abriu a velha botija e verificou que estava completamente vazia.

- Pobre homem! Não cuidastes desta botija, pensando que estava vazia. Na verdade, ela trazia tua recompensa: o fino e valioso ouro em pó que nela foi colocado e tu deixaste cair pelas trincas e rachaduras. Se tivesses ouvido a voz daquele que te enviou, terias guardado este tesouro.

Assim também foi tua vida. O teu corpo era a botija e a tua alma o ouro que ela continha. Deixando o caminho no qual devias andar, adquiristes males e vícios, trincando teu corpo com o pecado e a doença, tal qual esta botija envelhecida.

As sublimes virtudes, o amor, a bondade, a fidelidade e a obediência, foram levadas da tua alma, assim como o ouro foi derramado da botija, sem que tu percebesses. Hoje não tens recompensa. Está vazia a tua botija como vazia está a tua alma.

Sábio é o homem que guarda a sua botija, preservando a sua alma. Terá sempre um precioso tesouro do qual virá paz, alegria e a recompensa final: nossa salvação em Jesus!

(*) Texto retirado do livro "Histórias de sabedoria e humildade", do bispo Marcelo Crivella.

BAJULAÇÃO X CARINHO





 
A diferença entre a bajulação e carinho se faz pelas intenções. A bajulação tem suas ações baseados em interesses próprios e o carinho tem suas ações baseadas no amor, no respeito, na admiração, na gratidão, no reconhecimento.
 
Há quem prefira guardar o carinho que possui somente para si, diante do receio que tem de ser interpratada como uma pessoa bajuladora.
 
A pessoa bajuladora não se dá conta que suas atitudes são claras, tanto para quem recebe as suas bajulações como para quem as observa. Essa pessoa pode parecer alguém capaz de fazer tudo para ter o que deseja, como até parecer o que realmente não é, e pode causar a infeliz impressão de viver muito longe da sinceridade, da Verdade.
 
Muitas vezes o receio de expressar o carinho pode ser como um bloqueio. Mas se é de fato carinho e não é  bajulação, não há o que temer, porque é verdadeiro, "o verdadeiro amor lança fora todo o medo". Sua fonte está no Alto lugar, e está blindada contra pensamentos contrários, duvidosos.
 
Se não tivermos certeza do que somos, do que queremos ser, onde queremos chegar, sabendo que para isso é necessário nascer de novo,  iremos nos tornar reféns daquilo que repudiamos, estando sempre com a preocupação nos pensamentos alheios.
 
Como sempre digo: gratidão não é sentimento, é ação. Quando a dúvida domina ela é capaz de aprisionar até mesmo as mais nobres ações.
Ísis Regina